Ordem Mística de Shensu-Hor
Atualizado: 4 de mai. de 2020
A Ordem do Lotus Negro recebe seu influxo vibratório ou espiritual de uma corrente oculta iniciática conhecida como a Ordem Mística de Shensu-Hor (Seguidores de Hórus), uma instituição secreta e absolutamente hermética que surgiu no Egito pré-dinástico, e que talvez tenha suas raízes espirituais no continente desaparecido da Atlântida.
Essa ORDEM tem suas origens em um tipo de sabedoria de origem angelical que teria sido transmitida à humanidade pelos Sentinelas, ou Vigias – a raça pré-dinástica de semideuses que reinaram milhares de anos antes de Menés, o primeiro faraó do Egito unificado (século XXXII a.C.). Embora essa tradição iniciática esteja hoje desaparecida do plano físico ela continua viva e atuante nos plano astral e dela recebemos uma linhagem de iniciação (sampradaya em sânscrito) no espírito, se não uma linhagem direta. De fato muito de nosso sistema particular de ensino e doutrinas secretas (samaya em sânscrito) derivam dos contatos internos que estabelecemos com círculos além do tempo e espaço.
Os mais antigos seguidores de Hórus ficaram conhecidos como Seres Luminosos, os regentes e instrutores das raças antediluvianas. Como avatares dos Deuses Antigos os Seres Luminosos foram Instruindo e iniciando “materialmente” a humanidade primitiva e deram início a uma “Linhagem de Reis Divinos”. A tradição dos Reis Divinos repete-se em várias civilizações arcaicas insinuando uma era incrivelmente remota, onde gigantes de forma mais ou menos humana e sabedoria profunda dominavam a Terra. A Bíblia se refere às raças gigantes dos Nephilim e Awwim (serpentes). O mesmo mito se repete com os Titãns da Teogonia de Hesíodo e os Tuatha de Dannan – os deuses dos celtas irlandeses.
Os díscípulos e sucessores dos Reis Divinos tomaram o nome de seus Mestres Iniciadores e consentiram na formação Ordem de Shensu-Hor.
Heródoto (sec. V a.C. ) considerado o pai da história, dizia ter ouvido da boca de sacerdotes de Tebas, uma história do Egito bem diferente daquela que conhecemos hoje. Assim o cronista grego se referia a um episódio em que os sacerdotes tebanos lhe mostraram 345 estátuas que pareciam representar imponentes deuses. Entretanto, para surpresa do historiador, os sacerdotes disseram que não se tratavam de deuses e que cada colosso simbolizava cada uma das gerações de grandes sacerdotes que lhes precederam até completar 11.340 anos de governos de homens, e que antes destes homens, deuses governaram o Egito, habitando com os mortais, ensinando-os a viver.
Estes deuses, possivelmente foram nos SHENSU HOR ou seguidores de Hórus, o grande Deus. É possível crer que as esfinges, as pirâmides e todas outras obras gigantescas não só do Egito, mas também de outras partes do mundo foram criadas e executadas pelos SHENSU HOR com o uso de seus poderes de deuses. É possível entender que o Egito e seu povo surgiu da criação de Deuses criadores e que posteriormente deixaram a Terra aos cuidados dos Shensu Hor e estes, durante 6.000 anos governaram o mundo e posteriormente, preparam humanos (Faraós) para reinarem após sua partida.
Alguns ocultistas de linha tibetana acreditam que o primeiro “Grande Mestre” e precursor da linhagem dos Shensu-Hor foi o Ser que ficou conhecido na tradição judaico-cristã como Melchizedek e nas tradições esotéricas do extremo Oriente como Changan ou Sanat-Kumara. Changan-Melchizedek é a encarnação de nosso Logos Planetário ou Velador Silencioso, tido como o Deus da Terra. Assim Changan-Melchizedek identifica-se com o próprio Logos Planetário que com seu mental mantêm a coesão de nosso planeta e detêm o destino final da humanidade. O nome Melkitsedek, ou antes, Melki-Tsedek, como é designado na tradição judaico-cristã, refere-se à função de “Rei do Mundo” na cúspide dirigente de toda a Evolução Planetária, sendo Aquele que está mais próximo de Deus – o Logos Planetário - de cuja natureza participa a ponto de se confundir com Ele, mesmo estando “como a personalidade humana está para a sua individualidade espiritual”, na mais pálida definição.
Assim existe uma conexão invisível entre o Logos Solar ou Ser Supremo que preside nosso sistema solar e o Logos da Terra (Changan-Melkisedek) visto que nosso orbe terrestre está subordinado diretamente ao Sol. O Logos da Terra (seu Espírito Planetário) é o chefe ou regente do planeta que habitamos que reconhecemos pelo nome genérico de Deus. Embora Ele esteja acima das religiões, cada um o chama para si. Ele se manifesta através de seus avataras ou mensageiros divinos (Buddha, Jesus, Krhsna etc). No entanto existe um Deus maior ou Divindade Suprema que é chamado de Pai Eterno ou simplesmente Eterno. Ele é a Divindade Suprema que preside nosso sistema solar, que comanda o astro-chefe de nosso sistema solar. É em sua consciência que o sistema solar vive, move-se e tem o seu ser. Mas forçosamente Ele se reflete e se integra no Deus (Logos) da Terra. Os hindus chamam isso de tulkuísmo. A mente de um Ser de tal porte prolonga-se na mente de seus “Tulkus”, que por sua vez formam a corrente de mensageiros ou ajudantes de tais seres. Na doutrina de emanação tulkuísta fundamenta-se toda a filosofia gnóstica da Ordem do Lotus Negro.
Entendemos que a Ordem Mística de Shensu-Hor preservou e transmitiu a mais antiga Gnosis trazida pelos Elohim (Seres Luminosos) aos discípulos humanos ainda nos tempos pré-históricos. Ela foi a primeira e suprema ORDEM que inspirou os Mistérios Antigos, através de enredos teatrais que despertavam na consciência dos homens toda a Santa Gnosis Revelada. Através de seus Mestres e Iniciados foi transmitido, “da boca ao ouvido”, ensinamentos e revelando alguns princípios “misteriosos” que fundamentaram tradições esotéricas posteriores.
Os sacerdotes da Ordem Mística de Shensu-Hor foram os “mensageiros do Deus Oculto”, o Sol por detrás do Sol, o Sol em Amenti, que foi denominado pelos antigos egípcios de Amon. Seu nome significa " o Invisível". Considerado um deus misterioso, suas estátuas nos templos eram cobertas com mantos.
Para os egípcios a Luz (LVX), Incriada estava contida em Amon. Esta Luz deveria passar pelas transformações que lhe permitiriam construir um Universo em diferentes estados de vibração. Não é difícil perceber que a Luz Manifesta de Amon é Rá– cujo filho é Hórus (a Luz do Mundo). Com a ascensão do Egito faraônico (c. 3000 a.C) esses signos e títulos passaram a pertencer ao Faraó que era reconhecido como a encarnação de Hórus. Para os egípcios o Faraó era único deus na Terra, e sua divindade implica que ele comanda tudo através de sua língua e sua boca (divinas). É o faraó que traz a luz, que traz ordem e justiça em um mundo caótico e imprevisível.
Blavastky afirma que Moíses foi iniciado nos segredos de IAO – o deus mistérico conhecido desde a mais remota antiguidade, cujo nome oculta uma fórmula mágica poderosa. IAO era a Divindade Suprema dos sírios-caldeus, idêntico a Toth egípcio. Aliás como deus do tempo, do decurso do tempo que vai de uma vida à outra, Thot é o guardião do limiar - o que por sua vez nos lembra Saturno. Muitos séculos depois os gnósticos reconheceriam o Deus Thot, de onde originou-se posteriormente Cronos ou Saturno, pelos nomes IAO ou Abraxas.
Ora, Abraxas (Abrasax) era o deus-Sol criador dos gnósticos egípcios. Seu nome é invensível, embora haja divergências de opinião quanto ao seu significado. É o Deus Supremo acima do Zodíaco e de toda e qualquer influência astrológica. Ele é um dos nomes de Amon-Rá e Toth é a língua e a palavra (VERBO) de Amon-Rá.
A verdade é que Noé, Thot, Melchizedek e Cronos-Saturno, são uma só entidade ou energia personificada. Noé seria um mito, em cuja lenda se fundou a tradição dos Kabiros, os Elohim corpóreos, regentes e instrutores das raças primitivas. E os Kabiros eram filhos de Melchizedek, cuja verdadeira identidade fica oculta para nós. Tudo indica que foi a personificação de uma consciência supra-terrestre (ou a coletividade de seres angélicos) que visitou a Terra em um passado muito distante.
Se formos resumir nosso caminho ou filosofia podemos dizer que seguimos o "caminho antigo" que nos foi transmitido por nossos irmãos ancestrais (Mestres e Guias) que junto as demais Hierarquias de Luz oferecem sua proteção, com suas irradiações espirituais. Nós os chamamos de "Guardiões da Tradição" mas em outros tempos Eles também ficaram conhecidos como os Vigias, os Sentinelas, os Imortais, os Filhos de Set e mais recentemente como Mestres Ascensos. Todos fazem parte da Hierarquia de Mestres da Grande Fraternidade Branca (que no presente não está manifestada sobre a Terra), constituída, em parte, daquelas almas altamente desenvolvidas, que atingiram aquele estágio do caminho da evolução espiritual, que lhes confere a qualidade de membros do Governo Oculto do Mundo. ADENDO
I.A.O. Esse nome diz respeito ao deus mistérico conhecido desde a mais remota antiguidade, cujo nome oculta uma fórmula mágica poderosa. Esta fórmula é a principal e mais característica de Osíris, da redenção da humanidade. I. é Ísis, a Natureza, arruinada por A, Apophis o Destruidor e restaurada à vida pelo redentor O, Osíris. Em resumo: Isis Apófis Osíris (Isis, a Natureza; Apófis ou Seth, o assassino de Osíris; e Osíris ressurecto).
Ou seja, Morte e renascimento.
A mesma ideia é expressa na Fórmula Rosa Cruz da Trindade. IAO é a palavra Deus entre os gnósticos e é o único modo de poder expressar as forças divinas operando dentro de nós e no Universo.
Reza a tradição bíblica que Melchizedek foi o rei da cidade de Salém (que significa “Paz”), a qual se acredita ser a mítica cidade conhecida por Shambalah. Melchizedek teria tido importância no direcionamento de Abraão e ensinou o conceito de um só Deus, de uma só Divindade. Abraão também aprendeu de seu instrutor espiritual a adoração a Deus sem vê-lo, internalizando a fé. Para Dion Fortune Melchizedek foi o Manu dos caldeus e das primitivas Raças Semíticas, além de sua ligação Atlanteana. Como um protótipo ou a Encarnação do Homem Ideal o Manu Melchizedek preparou o caminho para Jesus, o Cristo, e assim a ideia de um Messias foi enxertada na Tradição Semítica (no fundo de tudo isto há uma ligação com o Santo Graal).
Melquizedek foi um mensageiro do Logos Planetário, ou um de seus grandes Enviados – que o representam momentaneamente, como um embaixador representa um Rei. Ou seja, um grande e poderoso espírito sob a forma humana temporária que reinava sobre a Caldéia, sobre os filhos dos Magi. Em sentido similar talvez Melchizedek seja a personificação de uma consciência supra-terrestre (ou a coletividade de seres angélicos) que visitou a Terra em um passado muito distante.
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